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ST 05 - Festas brasileiras nos séculos XX e XXI: possibilidades e condições de existências nas esferas pública e privada

 

Profa Dra. Zélia Lopes da Silva (UNESP/Assis) e Prof. Dr. Danilo Alves Bezerra (Uespi/Parnaíba)

A proposta deste simpósio temático é reunir pesquisadores de História e de diferentes disciplinas da área de Ciências Humanas para discutir os múltiplos sentidos que envolvem as festas brasileiras dos séculos XX e XXI. Nesse sentido, cabe refletir sobre o papel destas festividades na demarcação de identidade do país, considerando o seu papel agregador e de diluição das distinções sociais. Ou seja, quais são os modos e as condições em que populares se organizam para levar à sociedade suas expressões identitárias? Parte dessa discussão foi entendida pelo IPHAN como prioritária na medida em que, seguindo orientação da Unesco, registrou algumas expressões como patrimônio imaterial brasileiro. Nesse sentido, frevo, maracatu-nação, samba de roda e o tambor de criola, para nos ater a poucos exemplos, foram incorporados às formas de expressão culturais que devem ser preservadas tendo em vista sua trajetória histórica, caráter associativo e constitutivo da memória do país. Considerando as questões acima mencionadas, os propósitos desse simpósio são perscrutar os sentidos atribuídos pelos brincantes às múltiplas possibilidades festivas que se espraiam pelo Brasil, considerando as diferentes situações conjunturais vivenciadas nesse tempo longo. Esses festejos não podem ser pensados no singular, e muito menos como rituais de despir as máscaras, ou como um momento exclusivo de um ciclo de renovação de energias. Trata-se, isso sim, de uma ocasião de confronto de valores (ou até mesmo de seu reforço), mesmo que inscrita num tempo curto, o do decorrer da festa. Portanto, a intenção é pensar a trajetória do debate acerca das diversas festas que cortam o Brasil de norte a sul e mapear o estado atual das investigações no país sobre tais folganças e os sentidos a elas atribuídos. Tal temário, por atrair pesquisadores de campos distintos do conhecimento na área de Ciências Humanas, traz como desafio perquirir os significados dessas festividades e, nesse movimento, inquirir as matrizes teóricas que dão sustentação às pesquisas, considerando que algumas delas, como o carnaval é uma festividade transnacional; e outras, por suas singularidades, tornaram-se patrimônio imaterial nacional ou mesmo da humanidade. Caberia indagar os seguintes aspectos: Até que ponto existe interlocução com as pesquisas de outros espaços festivos fora do Brasil? Até que ponto é possível detectar essa rede de trocas ou mesmo de recepção das matrizes que têm propiciado os estudos desse tipo de fenômeno cultural, tão díspar como as festas?

 

CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÕES DE TRABALHO

  • Dia 05/10 (Terça-feira)

14-18h 

Reflexões sobre as festas do Complexo Cultural Bumba-Meu-Boi, (Maranhão) e do Complexo Cultural do Boi-Bumbá (Parintins), inscritas no Livro das Celebrações do Iphan

Zélia Lopes da Silva  


A Festa de Reis no interior paulista: de bem cultural a patrimônio histórico?

Aline Fabri​

Patrimônio carnavalizado: o processo de patrimonialização do samba e do carnaval no Rio de Janeiro e em São Paulo

Emerson Porto Ferreira

A festa de Santo Antônio em Barbalha-CE: tradicional e contemporâneo

Thais Pereira da Silva

Festa do Pau da bandeira: apresentando a festa dentro da Festa de Santo Antônio de Barbalha Ceará

Ruth Rodrigues Santos 

Reflexões sobre o patrimônio cultural: o distrito de Águas de São João entre narrativas e simbolismo

Marlon Teixeira de Faria


A cultura material e imaterial da Companhia de Reis Fernandes - Olímpia/SP

Pedro Henrique Victorasso

 

  • Dia 06/10 (Quarta-feira)

14-18h

 

Entre festas e tradições: as efemérides do quinto centenário da Reforma Protestante no Brasil em 2017

João Paulo Rodrigues

Faces de um bairro: A construção do lugar e a Festa de Santo Antônio do Barro Vermelho

Paula Louise Fernandes Silva 

Festas, procissões e a chegança: a tradição em Arembepe-Camaçari,BA (1985-1995)

Tainan Rocha da Silva 


O simbólico, a festa e a Mazurca do Quilombo Sambaquim

José Luiz Xavier Filho

 

Territorialidades em disputa nos anos 1920: a singularidade do carnaval carioca

Lara Jogaib Nunes

Escolas de Samba do Rio de Janeiro e turismo: notas para um debate historiográfico

Fabiana Martins Bandeira

BLOCOS S/A: Estudo sobre o projeto de regulamentação dos blocos  de rua do Rio de Janeiro (2009-2020)

Tiago Luiz dos Santos Ribeiro

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