ST 15 - Pensar a(s) história (s) do patrimônio cultural
Janice Gonçalves (UDESC)
O ST convida à reflexão sobre os estudos acerca do campo do patrimônio cultural, no que tange, sobretudo, àqueles dedicados à trajetória histórica de instituições e profissionais de preservação, tanto no Brasil como em outros países. Quanto ao caso brasileiro, a sugestão é revisitar trabalhos referenciais como os de José Reginaldo Gonçalves, Silvana Rubino, Mariza Veloso Santos, Maria Cecília Londres Fonseca e Márcia Chuva, não apenas analisando suas contribuições (e seu poder de influência nas discussões a esse respeito) como levando em conta produções que dialoguem com esses autores de forma crítica, explorando não apenas fontes como recortes temáticos e perspectivas teórico-metodológicas distintas. Simultaneamente, há a expectativa de atrair, para o ST, pesquisadores que venham se debruçando sobre questões similares, em âmbito regional ou mesmo local, indo além das preocupações com as ações promovidas pelo órgão federal de preservação, de modo a ampliar o rol de trabalhos já conhecidos, como os relativos a São Paulo (RODRIGUES, 2000), ao Paraná (KERSTEN, 2000), a Santa Catarina (GONÇALVES, 2016) ou à Paraíba (OLIVEIRA, 2011). O ST abre-se ainda, com especial interesse, às pesquisas em andamento que se refiram à trajetória das políticas públicas de preservação em outros países (permitindo exercícios comparativos de análise), bem como às investigações que busquem problematizar não somente iniciativas oficiais de patrimonialização como dimensões da “patrimonialidade”, tal como compreendida por Poulot – isto é, como “a modalidade sensível de uma experiência do passado, articulada com uma organização do saber – identificação, atribuição – capaz de autenticá-lo.” (POULOT, 2009, p. 28).
CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÕES DE TRABALHO
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Dia 05/10 (Terça-feira)
14h-18h
SPHAN, uma criação política de Gustavo Barroso: conflito, construção e transformação no processo de elaboração do conceito de patrimônio (1934-1967)
Pedro Henrique da Silva Paes
Destombamento: contradição e consequência da construção do patrimônio cultural nacional (1937-1955)
Carolina Pedro Soares
Casas do Patrimônio e Educação Patrimonial no Iphan em Goiás: análise de uma trajetória
Ana Cristina Alves da Silva
Um breve olhar para o Programa PAC – Cidades Históricas: requalificação do Cine Teatro São Joaquim em Goiás, GO
Poliana Alves da Silva
Patrimonializar a música – colecionadores, escritores e historiadores em correspondência
Carlos Renato Araújo Freire
O projeto Literatura de Cordel: o Centro de Referência Cultural do Ceará (1975-1990) entre o folclore e a cultura popular
Ulysses Santiago de Carvalho
Pessoas podem ser patrimônios? As experiências dos “Tesouros Humanos Vivos”
Hildebrando Maciel Alves
O sertão cearense e seu patrimônio cultural: processos de patrimonialização em Sobral-CE
Edilberto Florêncio dos Santos
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Dia 06/10 (Quarta-feira)
16h-17h30min
“Riacho Maceió”: divisor de águas de Fortaleza e modos de viver e morar do Mucuripe (1988-1996)
Matheus Cardoso de Andrade
A experiência de escrita do dossiê de registro da arte santeira em madeira do Piauí e o trabalho de historiadora
Kátia Brasilino Michelan
Patrimônio cultural e fotografia: três países, três fotógrafos e alguns desafios
Janice Gonçalves